19.1.16

Buscando o vão arrancado da alegria, 
pulei acordes de uma outra canção.
Desmoronei caixotes de fruta macia,
pra pisar em valsa, e pintar o chão.
Roubei vexames de lugares de algum dia,
pulei o tempo pelos tacos do salão

Cantarolei cinzas e ásperas melodias,
Vivenciando memórias escritas por um não. 


O que me restou foi essa dicotomia,
entre o preenchido espaço do vazio e o acolhedor segredo da solidão

em minha cama divido a vaga co'utras mágoas
deixando espaço à minha vaga ilusão de quem posso ser e gostaria de estar.

me envolto em trevosos sussurros de minha mais profunda esquizofrenia
que castiga os arredores.

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